RFID dá dignidade a residentes idosos

A comunidade McLoughlin Place usa solução BriefWise para fazer verificações de forma não intrusiva em seus pacientes

Existem muitas razões pelas quais as organizações investem em tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID): economizar tempo, reduzir custos e eliminar erros humanos estão entre elas. Mas é raro ouvir organizações citando como fator principal para a adoção de RFID seu papel no apoio à dignidade humana.
No entanto, isso é exatamente o caso da McLoughlin Place, uma comunidade de idosos em Oregon City, nos Estados Unidos. Suas instalações incluem cuidados de memória e residências de vida assistida. A maioria dos moradores da McLoughlin Place, que é gerido pela Milestone Retirement Communities, vivem em seus estúdios de cuidados de memória, diz o diretor-executivo Sherry Andrus. “A maioria desses moradores sofrem de incontinência ou vão tornar-se incontinentes”, explica. Os auxiliares de saúde devem verificar se os pisos estão molhados várias vezes por dia para evitar problemas médicos, como infecções do trato urinário ou úlceras.

É uma situação desconfortável para os pacientes ter alguém fisicamente verificando o estado de suas roupas íntimas. “Só porque eles têm demência não significa que não entendem o que está acontecendo”, diz Andrus. Quando soube da BriefWise, uma solução de RFID da WaveSensor que permite que os cuidadores verifiquem um residente de modo não intrusivo, seu interesse foi despertado. “Tinha a ver com a preservação da dignidade”, afirma. “Quando descobri como funciona, eu queria implantá-la imediatamente”.
A BriefWise inclui três componentes: uma tag com sensor RFID passiva UHF que avisa sobre qualquer breve incontinência e pode detectar a umidade sem entrar em contato; um leitor RFID UHF U Grok It anexado a um Apple iPod Touch, para ler a etiqueta do sensor; e um aplicativo móvel, criado pela WaveSensor, que pode ser executado em qualquer dispositivo iOS para deixar o cuidador saber se o morador está molhado ou seco. A empresa informa que o sistema pode verificar um evento de incontinência quando um cuidador está distante de 1 a 3 metros de um residente, embora Andrus diga que os assessores de saúde em McLouglin Place – que começou a testar a solução neste ano – acham que funciona melhor quando estão a um metro de um residente.
Isso não é uma reclamação, Andrus observa. “É maravilhoso ser capaz de realizar uma tarefa tão íntima de uma forma quase invisível”, diz ela. “É tão bom ser capaz de dizer a um membro da família que somos capazes de preservar a dignidade de seus entes queridos. Isso é apenas uma declaração de valor aqui”. Andrus acredita que este serviço vai ajudar a McLoughlin a se destacar de outras instalações de alto nível.

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